Intervenções de Circo Social

Intervenções Artísticas e Educativas, Desenvolvimento Humano e Social

Histórico

A atuação em circo social teve início após seis anos trabalhando na direção de ações educacionais de capacitação e encaminhamento para oportunidades de trabalho nas cidades satélites do Distrito Federal, região que circunda a capital federal do Brasil e que surgiu com ocupações desordenadas de terra, muitas vezes sem acesso a urbanização e saneamento básico, formando uma complexa periferia. E também de trabalhos voluntários em organizações como SOS Aldeia, Abrace, GASFA, Casa do Vovô etc. Finalmente, através da coordenação pedagógica da ONG Crescer e Viver, por 18 meses foram realizadas ações de circo social nas favelas do Rio de Janeiro.

Após essas vivências o casal Juliana e Leandro decidiu realizar uma turnê em países da África e Ásia com o intuito de conhecer as particularidades e realidades culturais destes países, visitando instituições com iniciativas semelhantes e desenvolvendo um trabalho com as comunidades locais, visando ampliar os trabalhos de circo social que atualmente são realizados com êxito no Brasil, para outras comunidades que, assim como o seu país, possuem grande necessidade de transformações sociais e ações que reduzam a desigualdade.

O trabalho começou a ser estruturado com pesquisas e experimentações práticas em praças, praias e áreas públicas, na aldeia indígena Yawalapiti – Parque Indígena do Xíngu, e em Essaouira no Marrocos. Esses extremos foram escolhidos para testar o quanto a diferença cultural pode ser um fator determinante durante a execução do projeto e como é possível adapta-lo a realidades distintas. Sua estreia oficial com um formato estruturado, que inclui cantigas tradicionais, dinâmicas, apresentações circenses e oficinas, aconteceu em Moçambique, na cidade de Inhambane. O país foi escolhido como o primeiro local de implantação do projeto, uma vez que as similaridades culturais com o Brasil (idioma, músicas, brincadeiras etc) foram fatores vistos como facilitadores para implantação do projeto piloto nesta localidade.

As intervenções de Circo Social nas escolas e orfanatos da África e Ásia foram recebidas com grande empatia, tanto por parte dos educadores quanto dos educandos, que por sua vez apresentaram um resultado muito acima do esperado nas dinâmicas, tamanho o encantamento e a aptidão física/facilidade que demonstraram para as atividades propostas. Nesta primeira turnê realizamos 44 intervenções, atingingindo cerca de 6700 educandos. Conseguimos deixar equipamentos e treinar multiplicadores no Zimbabue, Nepal e Cambodja.

Ao retornar ao Brasil buscamos formas de viabilizar intervenções de duração mais longa. Quatro novos membros se juntaram à trupe. Estamos capacitando nosvos instrutores na metodologia e filosofia do circo  social. Duas ações estão atualmente em andamento, ambas em escolas públicas no entorno de Brasíla, com duarações previstas de 6 e 8 meses, ambas na criação de espetáculos estrelados e produzidos pelos próprios educandos.

Seguimos aprofundando e aperfeiçoando o trabalho, buscando apoio e oportunidades de ampliação do projeto.

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